terça-feira, 15 de dezembro de 2015

o mundo não se traduz...

quando algo já era,
outro lado se revela:
lado esse, barco a vela
navegando em aquarela...

noite densa, vaga-lumes,
espada-faca de mil gumes;
pés descalços na areia,
cores, cantos de sereia...

um instante, vem a luz!
clareia e me encandeia,
enquanto o raio conduz
a vida e sua grande teia:

o mundo não se traduz...

(priscilapinto,  2015)

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