as linhas se espalham
vão do chão à parede:
o que nos liga dentro/fora?
a trama se desenrola: é rede!
(priscilapinto, 2015)
sábado, 14 de novembro de 2015
A/TEAR!
ATEAR!
ateia fogo na teia:
e a vida se incendeia...
mas quem ateia não se atém:
não sobrará mais ninguém
no lugar que se clareia;
e nada crescerá, além
de madrugadas sujas.
O TEAR:
as linhas se entrelaçam
no mesmo compasso,
estabelecendo laços,
pois tudo é uma coisa só,
pois tudo é um nada só:
a gente devora a árvore,
mastiga com dentes de aço,
a cidade engole a floresta
almejando mais espaço.
ATÉ/AR...
até perder o ar, o ar
em meio às camadas gris,
parar de respirar, respirar,
pintura monocromática,
sufocamento dos sentidos,
escala embaçada de cinza:
é a nossa vida que finda?
ou há esperança ainda?
ateia fogo na teia:
e a vida se incendeia...
mas quem ateia não se atém:
não sobrará mais ninguém
no lugar que se clareia;
e nada crescerá, além
de madrugadas sujas.
O TEAR:
as linhas se entrelaçam
no mesmo compasso,
estabelecendo laços,
pois tudo é uma coisa só,
pois tudo é um nada só:
a gente devora a árvore,
mastiga com dentes de aço,
a cidade engole a floresta
almejando mais espaço.
ATÉ/AR...
até perder o ar, o ar
em meio às camadas gris,
parar de respirar, respirar,
pintura monocromática,
sufocamento dos sentidos,
escala embaçada de cinza:
é a nossa vida que finda?
ou há esperança ainda?
(poema/conceito para a instalação A/TEAR, priscilapinto, 2015)
quarta-feira, 8 de julho de 2015
poemeto da esperança
resta esperança:
apesar de tudo,
a crise passará!
sim, a crise do tudo
... evanescerá!
no mesmo barco
e não percebemos:
não adianta brigar.
um dia essa crise,
essa crise de tudo,
essa crise danada,
essa crise de nada,
com luta e labuta...
ufa, há de passar!
apesar de tudo,
a crise passará!
sim, a crise do tudo
... evanescerá!
no mesmo barco
e não percebemos:
não adianta brigar.
um dia essa crise,
essa crise de tudo,
essa crise danada,
essa crise de nada,
com luta e labuta...
ufa, há de passar!
(priscilapinto, 2015)
quinta-feira, 29 de maio de 2014
olha o olho

a revolução cultural está na mente,
não sai da boca de quem mente!
não é preciso arma ou estilhaço:
a consciência é o primeiro passo;
nem de fogo ou mera gritaria,
a inteligência será a guia
para aprender a dizer não
sem perder a sua razão;
reconhecer quem é quem
em jogo de carta marcada;
saber como se posicionar,
mesmo que te sobre o nada!
pois a história irá revelar
de que lado você ficará:
quem babou e quem calou,
quem permitiu ou se omitiu,
quem inovou ou repetiu
o prato que se come frio...
olha o olho que tudo vê:
é o mesmo que antevê
o que vai acontecer!
olha o olho que tudo vê:
é o mesmo que antevê
o que vai acontecer!
(priscila pinto, 2014)
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
janeiro
primeiro dia do ano:
adormeço com os fogos,
amanheço com os pássaros...
o céu, vestido de azul puro e limpo,
espelha a esperança do mundo!
assim espero, assim esperamos,
a cada início de janeiro,
possamos nos refazer;
e que restem sempre inteiros
nossa alma e coração.
(Priscila Pinto, 2014)
![]() |
Pássaro-sonho, Priscila Pinto, 2008 |
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
dezembro
dezembro,
da janela interior vejo ao longe:
imagens que sobrevivem na memória,
lembranças de um quase sem-retorno,
enquanto me agarro nas luzes das ruas
e no cheiro das coisas transfiguradas
[perfumes, comidas & roupas novas];
dezembro,
o que fiz ? o que farei?
vejo os que ficaram e os que virão
a se alojar no meu peito quebrado,
então, serei mais que eu mesma:
enxergarei com muitos outros olhos,
lados extensos de tantas margens...
dezembro,
e eu me desmancho em mim,
troco de pele, faço mil planos,
escrevinho em blocos sem fim,
e me refaço para o ano que vem,
como quem se arruma para longa viagem
[o que posso querer, além do que ainda não?]
dezembro,
que tudo seja tão simples e belo,
como um amor sereno e sincero
de se embalar até dormir;
e de vez em quando eu seja vidro
para não chorar a ausência
dos que não estão mais aqui...
(Priscila Pinto, 2003/2013)
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
revolta
Há, sim, revolta,
pois não há volta
para certas coisas.
A pura revolta da
alma, reviravolta,
não será calada!
E o peito mudo,
terá voz perene
diante de tudo...
(Priscila Pinto, 2013)
pois não há volta
para certas coisas.
A pura revolta da
alma, reviravolta,
não será calada!
E o peito mudo,
terá voz perene
diante de tudo...
(Priscila Pinto, 2013)
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